terça-feira, 15 de novembro de 2011

Panelas ao mar!!

O ano de 1995 foi bem agitado, porque foi um ano de Jamboree Mundial na Holanda, onde o Guara-Puava mandou um chefe e três seniores e guias, teve o ELO no Turvo, que foi sensacional, entre outras excelentes atividades. Mas hoje quero compartilhar sobre a nossa participação na Aventura Senior em Porto Belo - Santa Catarina.

Na época, o custo da atividade era um pouco elevado para a grande maioria dos garotos, e eu como chefe da Tropa do GE Manoel Ribas, havia pensado em levar pelo menos os monitores das duas patrulhas da tropa juntar com os seniores do Guara-Puava e formariamos uma patrulha, numero minimo que a organização da atividade exigia.

Em função das várias atividades simultâneas que ocorriam, sobretudo pelo Jamboree e também pela ida da Tropa Senior do Guara-Puava para o Marumbi (atividade que o Ralph relatou em um post abaixo), ficou tudo muito "pulverizado", então o pessoal optou para participar da atividade que seus recursos "alcançavam".

No final das contas, a grana falou mais alto e nem os monitores conseguimos levar. Eu paguei do meu bolso a inscrição e me reuni com a tropa do GE Guara-Puava e formamos uma patrulha extremamente exigua, ou seja, a patrulha era formada pelos seniores Daniel Zarpelon, André Vigil e Dirceu Nascimento, mais eu e o chefe senior na época Rogério Ruiz.

Eu já tinha 20 anos na época, já não tinha mais idade de senior, entretanto para não frustar a atividade dos garotos, não tendo outra alternativa, me tornei monitor da patrulha, que deveria ser de, no minimo quatro elementos e no máximo seis. Se não atingissemos o minimo, seriamos incorporados em outra patrulha de alguma outra tropa. Porém a rivalidade salutar dos seniores era enorme, e eles não aceitaram ser incorporados em uma patrulha estranha, perdendo toda a sua identidade. Foi assim que formamos a "Patrulha Salto São Francisco", que ficou assim formada, eu, André Vigil, Dirceu Nascimento e Daniel Zarpelon. A Kelly guia do Guara-Puava também foi, porém, como era única, se incorporou a tropa guia de um GE de Curtiba.

A atividade se realizaria oficialmente em quatro dias, sendo: abertura em Porto Belo, segundo dia em Bombinhas, terceiro dia em Mariscal e o último dia, o encerramento seria novamente no QG em Porto Belo, isto porque os acampamentos eram ITINERANTES.

Ao preparmos as tralhas, decidimos que precisariamos de panelas, em que pese toda a comida ter sido servida em marmitex, no entanto, como chegariamos um dia antes do inicio, precisavamos fazer comida.

Na época, o GE Guara-Puava, comprou várias panelas novas, fazendo um enxoval para cada tropa, estando as panelas sem nenhum uso, ainda. Pedimos autorização do Grupo e levamos algumas panelas e outros equipamentos, como fogareiro, lampião, além de duas barracas canadense para quatro pessoas.

Saímos de Guarapuava na terça feira, por volta das 21 horas, fizemos uma parada em Curitiba, dormimos na casa do pai do Chefe Rogério, e na quarta logo pela manhã, nos mandamos pra Porto Belo. O campo estaria aberto a partir das 16 horas, como chegamos um pouco adiantados, passamos em Itapema, fizemos mercado, batemos um futebol quebra-canela na praia, e próximo das 16 horas nos mandamos pra Porto Belo, chegamos lá o campo estava abrindo os portões.

Como fomos, praticamente os primeiros a chegar, pegamos o melhor local para montagem do canto de patrulha, um local central onde todos paravam para "confraternizar". Após a montagem do nosso canto, já era noite, fomos fazer a comida, qual cardápio? Aquela velha história, gente do interior quando vai á praia quer comer peixe, frutos do mar, etc.

Lá fomos, eu e o Rogério procurar uma peixaria ou algo do gênero que pudessemos comprar os frutos marinhos. Depois de muito rodar, por volta das 20 horas, por informação achamos um local onde o cara tinha uns camarões e alguns mariscos. Sem opção, levamos aquelas "sobras" e fizemos um ensopadão com os camarões e mariscos, mais um arroz velho de guerra.

Após o jantar, como não paravam de chegar participantes ao campo, os nossos seniores estavam sedentos de confraternização, principalmente com as guias, pegaram as panelas sujas e colocaram na caixa de patrulha.

No outro dia fizemos as refeições em marmitex e só fomos abrir a caixa de patrulha no segundo dia, já no acampamento em Bombinhas. Abrimos a caixa, e como dizia o Chefe Cidenei, estava uma nojeira. Na distribuição de tarefas, o Daniel e o Dirceu ficaram responsabilizados de achar um local para lavar aquelas panelas, enquanto eu e o andré montavamos o acampamento.

E lá foram eles, com bucha, sabão e as panelas, que estavam em estado lastimável, pois uma parte dos mariscos havia queimado. Passado algum tempo eles voltaram tranquilamente conversando, com o sabão e a bucha e sem as panelas.

Então eu perguntei o que havia acontecido, eles disseram que estavam lavando as panelas nas pedras do costão, e veio uma onda grande e acabou engolindo as panelas. Resumindo: perdemos as panelas novas, compradas pelo Grupo que pertenciam a Tropa Senior do Guara-Puava.

Corremos nas pedras para ver se conseguiamos resgatar as panelas, mas foi tarde. As duas panelas, pareciam a WILSON do naufrago boiando ao longe, já em alto mar.

Passados uns tempos depois, quando voltamos para Guarapuava e tivemos que dar conta das panelas perdidas, o Dirceu e o Daniel revelaram que acharam que as panelas estavam muito sujas e não iam ficar sofrendo para limpa-las, optaram por joga-las ao mar e resolver o problema.

Naquela Aventura Senior fizemos muitas bagunças, e tem outras histórias pitorescas, mas isto é uma outra história, para um outro por-do-sol.

3 comentários:

  1. Cara, eu lembro do Chulé forte do Sanderson e não lembro das panelas... Como é que pode isso... A Patrulha era Salto Curucaca e brilhamos muito nesse acampamento...

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  2. Ah tá, agora o chulézento sou eu... agora me responda quem voltou de Porto Belo para Guarapuava com os pés pra fora do carro, pq não tinha como aguentar o cheiro, hein??? huahuahuahuaua. Havia uma recompensa para quem botasse fogo naquele teu tênis que tinha o cheiro do lixão municipal!!!! hahahahaha!
    E qto ao nome da patrulha há divergencia, pq já se passaram mais de 16 anos e eu tenho certeza que era Salto São Francisco!

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  3. Rapaz, eu lembro dessas historias ai. A versao das panelas descartadas realmente foi confirmada e o grupo as substituiu posteriormente para a patrulha desfalcada. Sobre o chule, houve o relato que um artista integrante conseguiu usar o mesmo par de tenis fedorento durante a atividade inteira, acarretando em um sobre-uso desumano no acessssorio, gerando estafa olfativa exacerbada.

    Quanto mais tempo passa, mais a realidade se apaga e a lenda se fortalece!

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