sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

ELO FAXINAL DO CÉU - 2000

ELO DE FAXINAL DO CÉU – 02 e 03 de SETEMBRO de 2000.



Este elo, foi para mim, um dos mais interessantes de todos os que eu participei enquanto membro juvenil. Na ocasião deste acampamento, eu era Monitor da Patrulha Salto São Francisco (GE Manoel Ribas), a Tropa era chefiada pelo Ch. Sebastião Modolon, e tinha auxilio dos Chefes: Cacilda Primak e Januário Bilovus. Lembro-me que saímos da sede logo em seguida do almoço, porém, nossa tropa já estava se preparando a dias pro dito acampamento, e naquela manhã não foi diferente... compras a fazer, material a ser organizado e tudo mais.

As tropas seniores acamparam nos fundos da sede do Grupo Escoteiro Roberto Anrain (GERA), hoje em dia, o GERA está “adormecido”, volta e meia ouço dizerem que a sede ainda está do mesmo jeito de outrora, e que sempre tem gente querendo reativar o GERA, mas infelizmente até o momento isso não aconteceu. A sede deles era redonda, feita com madeiras entre-cruzadas e era muito bacana. Nos fundos dessa sede, havia um descampado no qual montamos acampamento. As tropas escoteiras acamparam num outro lugar, mais próximo da vila dos operários da Copel.

O clima deste final de semana foi úmido do inicio ao fim, sempre estava caindo uma garoa leve que nos encharcava ao ponto de termos de torcer nossas roupas para podermos simplesmente empacotá-las antes de guardar na mochila, preparando-se para o retorno. Logo que chegamos, a Chefia nos comunicou que a cozinha seria coletiva, e que todas as tropas seriam responsáveis pelo preparo dos alimentos (observem com atenção este trecho), além disso seria realizado uma votação, em caráter secreto, afim de premiar o melhor chefe do acampamento, e da mesma forma os chefes votariam para eleger a melhor patrulha do acampamento (destaquem também este trecho). Dito estas coisas, começaram as atividades... jornadas exaustivas, transpasse de rios e córregos, pistas de cordas, pistas de orientação, primeiros socorros e muitas outras que já nem me lembro mais. Recordo-me com precisão de uma discussão que tive com uma chefe de um outro GE, quando no meio de um jogo ela me indagou sobre qual era a QUINTA AMARRA, respondi ela “gentilmente” que não existiam cinco amarras, porém os detalhes não são dignos de serem postados aqui (MWA-HAHAHA!!!), na seqüência fomos rodando as bases... lá pelas tantas, nossa tropa tinha de passar por uma serie de manilhas que canalizavam um trecho de um córrego, que atravessava por baixo de uma estrada, a água era limpa mas as manilhas estavam repletas de aranhas e outros insetos, mas o “melhor” de tudo, é que elas iam diminuindo de tamanho, isso fez com que alguns elementos que possuíam maior porte físico (e pouca agilidade) ficassem encalhados no meio das manilhas, causando memoráveis momentos de tensão entre todos os que haviam ficados presos atrás deles, essa questão quando somada a escuridão do interior das manilhas e ainda de quebra o fato daquilo estar repleto de aranhas e teias, causava uma aflição terrível! Maior aflição ainda, passaram aqueles que estavam logo atrás dos elementos entalados, quando ouviram a frase “cara! Me empurre!!” e estes tiveram de amigavelmente forçar o individuo que estava rastejando dentro da manilha, e preso pelo “diâmetro avantajado” da cintura. Foi extremamente “gratificante” ver ao final daquela atividade, as guias (bando de patricinhas) correndo pelo descampado citado acima, e estridentemente gritando “TEM ARANHAS NO MEU CABELO!”.

Ao entardecer, eu estava completamente podre devido a exaustão das atividades e ao fato do meu nariz parecer uma bica, devido a rinite, então... tomei emistin, que a Ch. Cacilda havia levado, poucos momentos depois eu precisava do auxilio da bandeirola pra poder andar, ou então... do apoio das arvores, para ficar em pé; conversei com a chefia e eles concordaram que não seria uma boa idéia a minha participação nas atividades noturnas, sem falar com a tropa, entrei na barraca e dormi. Logo em seguida, o sênior Janel José Domingues da Silva Neto, grande amigo e companheiro de muitas atividades, abriu o zíper da barraca... perguntou como eu estava, e em seguida levantou-se e gritou “NEGADA! O DANIEL TÁ MORRENDO AQUI!!!” quase que imediatamente um bando de seniores estava em volta da barraca, querendo saber da gravidade do estado do sujeito dentro dela, tive de sair e explicar que apenas tinha tomado um antialérgico muito forte e que não tinha condições de realizar as atividades que seriam feitas na seqüência. Dito isso, as tropas começaram a se preparar para uma jornada, feita seguindo um rio até chegar a uma certa cachoeira, eles saíram por volta das 02h da manhã, e regressaram pelas 05h sem ter achado a dita cachoeira, completamente ensopados e exaustos. Cerca de 1h depois, os elementos responsáveis pelo café da manhã deviam começar a preparar a “refeição mais importante do dia”, lá foi nosso amigo Janel, completamente exausto, não podendo nem com as próprias pernas, este sujeito tropeçou numa panela enorme de feijão, que seria utilizado para o preparo de virado, que seria servido no café. Com pouquíssimo feijão, o virado foi feito, e lá de vez em quando você achava um grão de feijão perdido no meio de um monte de farinha de milho (foi o pior virado de feijão que eu já comi em toda a minha vida!), aquilo ficou tão ruim que muitos elementos faziam ânsia, e as meninas ficavam mais enjoadas ainda ao lembrar que o Janel havia enfiado o pé na panela de feijão (hahahaha).

As atividades continuaram, minhas forças estavam renovadas e a rinite havia melhorado; tivemos que fazer algumas pioneirias de médio e grande porte, minha patrulha decidiu fazer uma mesa, junto com a nossa patrulha, havia um sujeito que na ocasião parecia meio “perdido”, chamava-se Vinicius Polzin Druciak, vulgo DUNGA, o dunga era mestre na arte dos nós e amarras e quase que sozinho deixou aquela pilha de bambus e tocos de sisal, numa mesa para 6 pessoas! Mais algumas atividades rolaram, e no final do acampamento, tivemos a premiação dita anteriormente, não me recordo do nome do Chefe eleito o melhor do acampamento, mas era do GE Guará Puava, e... eleita a melhor Patrulha, foi a SALTO CURUCACA, do MANECO! Da qual eu era monitor (hehe), eu e meus elementos ganhamos um kit de chimarrão, com cuias de plástico, fornecidas pela Erva-mate 81 (a qual tenho guardada com muito carinho, e volta e meia ainda uso) bem como um troféu feito com ½ nó de pinho, pirografado “Prêmio Eficiencia – Elo de Faxinal do Céu”, hoje em dia o meu troféu encontra-se em exposição permanente, no acervo de troféus do GE Manoel Ribas.

Forte aperto de canhota!

Ch. Ass. Daniel

6 comentários:

  1. Achei interessante a parte:

    " eles saíram por volta das 02h da manhã, e regressaram pelas 05h sem ter achado a dita cachoeira, completamente ensopados e exaustos"

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  2. foi muito interessante mesmo, até hj existem duvidas sobre a existencia dessa cachoeira, particularmente, eu acho q os chefes inventaram isso, mas nao comente com os elementos
    :D

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  3. quinta amarra, essa historia eu conheço MUAHAHAHAHHAA

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    1. a Ketlyn nao conheçe, é mentira dela!

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    2. claro que conheço, voce sabe que conheço seu mentiroso e.e

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  4. Poxa, ELO de 2000... esse foi meu último ELO como Escoteiro... e também minha última atuação como monitor da Patrulha Falcão, já que alguns dias depois ocorreria não só a minha passagem para a Tropa Sênior, mas também minha "passagem de comando".... rsrs.

    Valeu pelo post, Daniel!! S.A.P.S.M.P!

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