ELO 1998 - U.H.E. Segredo

À pedido do Mestre Marcelo, quero deixar meu relato do ELO de 1998

Usina de Segredo, 17 e 18 de outubro de 1998

O Grupo Escoteiro Sinval Martins Araújo – 74/PR (GESMA), realizava o ELO Setorial*₁ daquele ano, o acampamento foi realizado próximo da Sede deste mesmo Grupo, na ocasião eu ainda era escoteiro, membro da Patrulha Águia, da Tropa Escoteira do Grupo Escoteiro Manoel Ribas (Maneco); cujo Monitor era Thiago Ribas da Silva, filho do Chefe Soli Gomes da Silva. Não sei como explicar como se faz para chegar neste local, só me lembro que próximo havia um posto de combustível no alto de uma colina, onde utilizamos os banheiros algumas vezes (bem como para a eventual aquisição do “contrabando”), este posto ficava numa esquina, e descendo uma ladeira para trás de quem olhava o posto de frente, havia um hospital... feito com estrutura de madeira, pintada em verde... uma das coisas que me chamou muita atenção sobre este hospital, é que suas paredes eram revestidas de alumínio, pintadas em bege e “recheadas” com isopor; os escoteiros do GESMA adoravam nos assustar com historias de terror, dizendo que nele haviam assombrações, não lembro mais tantos detalhes da atividade pois já se passaram “apenas” 13 anos; mas lembro-me muito bem da viajem para o local, esta foi a minha 3ª viajem com o Maneco e a bagunça foi generalizada, ao som da “Vaca do Genésio” (parodia da “Arvore da Montanha”), enquanto os seniores cantavam “Volta pras Cavernas”... algumas atividades e coisas que marcaram a minha historia pessoal deste ELO foram as curucacas que durante a madrugada arrancavam os espeques das nossas barracas canadenses, que haviam sido montadas com a frente voltada para um banhado, com vassourão, e a Sede do GESMA ficava a nossa direita, de quem olhava o banhado... não preciso dizer muito que estas curucacas causaram grande tumulto durante a madrugada e alimentaram nossa imaginação, já influenciada pelas “assombrações do hospital”, neste acampamento o Ch. Soli havia nos dito que seria feito um Concurso Culinário no almoço de domingo, só fui descobrir depois que isso era invenção dele, pois na época a Tropa Escoteira do Maneco fazia sempre o mesmo cardápio (miojo com carne moída) e este Chefe numa iniciativa brilhante de nos incentivar a enriquecer nosso cardápio, propôs tal “evento”; o Thiago e eu queríamos provar que conseguíamos fazer coisas muito melhores e mais apetitosas que miojo... sendo assim, decidimos fazer bife a milanesa no almoço... preparei os ditos bifes na noite anterior (sexta), com muita farinha entre eles, para não grudar (dica do Ch. Soli) e com um pouco de sorte, estes sobreviveram até o domingo; durante o almoço muitos chefes vieram até nossa Patrulha para servirem-se de bifes. Sobre as atividades; me recordo de uma pista de cordas que havia sido montada atravessando a dita estrada que ia ao hospital, não sei ao certo, mas tenho quase certeza que esta pista havia sido feita pelo Ch. Kinho, do Grupo Escoteiro Pérola do Sul (Irati), pois me recordo de um baixinho de lenço verde (hahaha) esticando cabos dentre as arvores, outra coisa interessante foi o Fogo de Conselho, pois logo que concluíram o IBOA, os chefes nos disseram que nós deveríamos fazer parodias de produtos, nossa canção era o jingle do produto, nossa esquete era a propaganda do produto, e nossa palma... logicamente, era sobre o produto, e o produto da minha equipe era: BAMBU-COLA – o refrigerante preferido dos escoteiros (hahaha!!!), também havia o Isoflex – isopor flexível, e mais dois outros produtos, que não me recordo o nome, mas um deles era uma maquina, ao estilo Candy Machine, que você inseria uma moeda, selecionava um determinado lenço escoteiro e a suposta maquina lhe forneceria; o outro realmente não me recordo, infelizmente.

Também nesse elo, outra memória foi do incomodo indescritível dos borrachudos, que infestavam o local, e atrapalhavam nosso sossego... rs

Enfim prezados leitores, foi uma época incrível para mim, e essa “sessão nostalgia” solicitada pelo Me. Marcelo, me traz saudosas lembranças (e pelo que tenho conversado com ele, sei que haverão outras semelhantes a essa, num futuro não tão distante... rs), pois de todos os membros da minha tropa (Maneco), somente eu ainda permaneço neste Movimento.

Obrigado pela atenção dispensada, desculpem algum eventual erro de transcrição e se for possível utilizar destas memórias como recurso para futuras atividades, digo o que ouvi diversas vezes de um dos chefes que mais me marcaram, Ch. Sidney de Araújo Varella, ou seja “se a carapuça serviu, puxe até os pés!” hahahaha!!!

Aquele aperto de canhota!

SAPS

Ch. Daniel Felipe Tratz